Ao contrário do que muitos treinadores pensam, jogar simples não é bater bola, meter a bola fora se estiver apertado, bater livres do meio-campo para a área adversária, etc. Isso chama-se jogar feio, chama-se mal tratar a bola, e não é mais do que um atentado ao futebol.
Jogar simples é, pelo contrário, do que de mais bonito e puro existe no futebol. É conseguir ser superior ao adversário como equipa, e não através de duas ou três individualidades. É conseguir queimar duas, três linhas defensivas com um ou dois passes. É jogar a um, dois toques. É tabelar, porque não há nada mais eficaz do que uma tabela bem feita. Deixa-se para trás um adversário, ganhando dois jogadores no processo ofensivo: o que faz a tabela, e o que recebe a bola.
Jogar simples é fazer o passe com acerto, para que a receção do mesmo possa definir a continuidade da jogada. É receber orientado, poupar tempo e criar espaço. É simplificar processos, é fazer correr a bola e não o jogador.
Não tem nada a ver com "bola vem, bola vai", sem critério, sem paixão, sem brio. Dar a iniciativa ao adversário simplesmente porque acreditamos que "zero na nossa baliza, estamos sempre mais perto de ganhar". Esquecemo-nos é que a única maneira de garantir que o adversário não marca, é tendo bola.
"They can't score, as long as we have the possession." - Pep Guardiola.
Poesia para os meus ouvidos
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