segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Pep Guardiola e o aproveitamento dos jogadores que tem

Na imagem, Pep fala com um dos jogadores em destaque neste artigo. Os seguintes comentários são referentes ao vídeo disponibilizado no final do artigo:
Para além das ideias extremamente inteligentes baseadas em conceitos simples que o senhor de cinzento apresenta, como o simples processo de virar o centro do jogo, de atrair e soltar, de conseguir que o adversário se posicione numa determinada zona, para libertar espaço noutra diferente, etc, vamos falar um pouco de uma característica que atinge o seu expoente máximo na figura de Guardiola: a capacidade para aproveitar os seus jogadores, fazendo-os render. No vídeo vemos maioritariamente duas características individuais a serem aproveitadas: a qualidade de passe longo de Boateng maioritariamente, mas patente em mais jogadores do Bayern; e a capacidade de desequilíbrio e a velocidade de Douglas Costa.


Guardiola escolhe dois jogadores fundamentais para este momento de jogo, não esquecendo a importância de todos os outros no processo que se segue. O Bayern atrai o adversário, Boateng estica a bola para Costa, que se encontra numa situação de 1x1, onde é letal. Ultrapassa o adversário, mete bola na área, Muller/Lewandowski aparece a finalizar. Simples, mas altamente eficaz. Para além do teor estratega do processo ofensivo, Pep escolhe os jogadores a dedo para que o desempenhem da melhor forma. Se calhar, se Muller estivesse no lugar de Costa, não iria passar com tanta facilidade pelo adversário por não ser tão desequilibrador, e, da mesma maneira, se Costa estivesse no lugar de Muller, a jogada não teria uma taxa tão elevada de sucesso, pelo facto de Costa não ser um finalizador nato. 

Guardiola mostra que não basta ter ideias, é preciso trabalhar e explorar da melhor forma o que temos disponível. Afinal de contas, são os jogadores que jogam.

Nota: Aconselho vivamente o artigo "O Modelo de Jogo em função do contexto", escrito pelo meu amigo João Bernardo, no Blog Sair a Jogar (http://sair-a-jogar.blogspot.pt/2015/04/o-modelo-de-jogo-em-funcao-do-contexto.html?spref=fb), uma vez que se adequa ao que aqui foi abordado e complementa as minhas ideias.



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